Cem Anos

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Madeira

Face ruborescida e olhar baço e inquieto
Caminhavas nervosamente em passo incerto
Procuravas guardar em teu seio a esperança

Lembrando mãe feroz a quem um predador
Cruel e sanguinolento inflige atroz dor
Tirando à progenitora a sua criança

Ávida de boas novas e de sossego
Alheavas-te e assim vias a branco e negro
O filme a cores do rebento em teu regaço

Num pranto amargo de cólera olhaste o céu
Exigiste irada como direito teu
Não da vil ceifeira o seu derradeiro abraço