Cem Anos

sexta-feira, setembro 25, 2015

Mas agora que o luar

Mas agora que o luar
Vem devagar e me diz
Que é já tempo de acabar
Com o passado feliz
Mas agora que o luar
Decide escrever a giz
Na ardósia assinalar
Estes meus dias hostis
Mas agora que o luar
Escorraça-me infeliz
E convence-me a abraçar
O futuro que eu não quis



Impeço modos servis
Mostro ao sol o seu lugar
Nego medos infantis
Mando a lua recuar
À vida eu clamo por bis
Desejo agora tentar
Ser senhor do meu nariz
Reencontrar o meu lar
Amar-te enquanto sorris
Escutar-te sussurrar
Teremos sempre Paris
Mesmo agora sem luar